É muito comum o uso da palavra "revolução" no cotidiano dos círculos filosóficos educacionais e nas bocas dos ditos "esquerdistas" em nosso país. Mas será que existe a consciência do que é "revolução"?
Acredita-se que revolução seja uma transformação da realidade para algo mais abrangente e benéfico para os objetos (entenda-se objetos como pessoas também) daquela ação. Mas quantos trabalham para manter a revolução? Mais difícil do que o momento de transição é a sua manutenção. Acredito que exista uma noção equivocada do sentimento de revolução, no sentido de que uma revolução reflita facilidade para todos a curto prazo permeie no inconsciente coletivo, onde todos serão beneficiados de maneira homogênea e serão poupados de sofrimentos e privações. Parece que alguns dogmas religiosos cristãos e sua interpretação contribuem para a estagnação do ato do ser humano, prometendo regozijo perene após o sofrimento durante essa vida agindo como um paliativo. De que adianta o trabalho de uma revolução se não houver disciplina e comprometimento na sua perpetuação? O comprometimento e a disciplina são ferramentas eficazes no efetivo resultado positivo do efeito de uma revolução e para sua manutenção.
A maior revolução é aquela que realizamos dentro de nós mesmos, todos os dias, deixando de lado o mau-humor e a rotina enfadonha no propósito de investirmos em nossa disciplina e na realização de um ideal íntimo e comum. Entendamos que é necessário o sacrifício de si em detrimento do regozijo permanente para a promoção de uma realidade mais positiva de um modo mais abrangente.
Saibamos investir nessas ferramentas, o comprometimento e a disciplina, para que a revolução íntima seja prolongada e benéfica para nós e para todos a nosso redor. Que o sacrificio de nós mesmos seja interpretado, não como um martírio, mas como uma contribuição consciente de nós para nós mesmos na construção de uma prespectiva mais justa, desenvolvida entre seres em busca de desenvolvimento.
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